Chocolat du Jour compra fazenda de cacau na Bahia e inaugura a primeira loja conceitual, a Choco Bean to Bar, no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo

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Em formato de cafeteria, a estrela aqui é o chocolate bean to bar, em todas as suas formas.

Imagine uma cafeteria super bem montada, mas onde o café, por incrível que pareça, não é a estrela principal. Na verdade, é apenas coadjuvante na Choco Bean to Bar, a primeira loja conceito da Chocolat du Jour (leia matéria aqui). Não que o cliente não possa degustar um café correto, como o Orfeu, preparado numa máquina de ponta da Cimbali.

 

Chocolat du Jour

Choco Bean to Bar: novo conceito de loja da Chocolat du Jour

Aqui quem brilha é o cacau, onde são oferecidos dois menus degustação, que incluem bebidas que trazem sabores quase desconhecidos do fruto, como o Néctar do Cacau, smoothie de polpa de cacau, Choco Chá e Choco Chaud, nas versões quente e fria.

Todos os produtos oferecidos, inclusive as sobremesas, são confeccionadas com chocolates Bean to Bar, o que é uma grande novidade. “Adquirimos recentemente a fazenda Santa Luzia, no sul da Bahia, o que amplia o poder da marca sobre a sustentabilidade de toda a sua cadeia de produção”, explica a diretora de marketing da Chocolat du Jour, Patrícia Landmann.

Chocolat du Jour

O Chocolate é a estrela

“Tivemos a ideia de montar a Choco Bean to Bar há um ano, quando começamos a desenhar o projeto, e a ideia era trazer um lado da Chocolat du Jour (www.chocolatdujour.com.br) mais acessível. É como se presentear com um momento de deleite. Pra isso trouxemos alguns bombons clássicos, novos sabores, o brownie feito com nosso chocolate, o domus e as verrines, que são uma criação do chef catalão Ariel Balaguer, com harmonizações de jabuticaba com baunilha, manga com maracujá e pistache, entre outras. Ao todo, são mais de 100 itens”, conta.

Chocolat du Jour

Todos os doces são fabricados com chocolate bean to bar

“E o grande diferencial da loja é que fazemos o chocolate a partir da amêndoa do cacau, que é utilizado em todas as nossas receitas, inclusive dos doces”, conta Patrícia.

Os planos da empresa são o de testar a fórmula por um ano para depois replicar. “A loja do Cidade Jardim é nosso projeto-piloto, inauguramos no final de novembro. No momento, estamos azeitando  a operação para abrir outras frentes. Acreditamos que esse formato possibilita  uma expansão maior da marca, uma vez que tem um ticket médio menor do que nossas lojas,” diz.

Uma outra novidade é o sorvete tipo soft de cacau, que pode ser tomado na casquinha, ou num copinho, como um shot.

Chocolat du Jour

Cacau fino de origem

A Chocolat du Jour  foi a primeira empresa brasileira a trabalhar com cacau fino de origem e fazer chocolates Bean to Bar. Contando com bons fornecedores da Bahia, Manoel Landmann, era o encarregado de visitar as fazendas em busca das melhores amêndoas. Em uma de suas viagens, descobriu uma fazenda abandonada, em Ibirapitanga, a Santa Luzia, que estava à venda.

Patricia Landmann, diretora de marketing da Chocolat du Jour

Demoraram cerca de dois anos para fechar o negócio completamente e, agora, no final de 2019, a propriedade passou a fazer parte da empresa-mãe, a Chocolat du Jour.

A fazenda possui 180 hectares, sendo 50% de área preservada de Mata Atlântica, dois rios e uma barragem que produz energia limpa. De cacau, são 25 hectares, 10 de uma lavoura mais velha e 15, nova, plantada no sistema agro-florestal, ou seja, junto com outras frutíferas como bananeira e seringueira.

“Eu e minha irmã temos filhos e, assim como fazemos questão de preservar a infância das crianças da família, também cuidamos para preservar a infância dos filhos de nossos colaboradores. Queremos um futuro melhor para todos.”

Ao todo, são treze funcionários contratados em regime de CLT e onze famílias morando na fazenda. “Todas as crianças frequentam a escola, a água é tratada e cuidamos para tenham uma vida digna,” conta Manoel.

“Quando compramos, não dava pra ver mais a lavoura de cacau, o mato havia tomado conta. Até agora, já fizemos a poda, adubamos e as plantas já estão respondendo”, diz. Com a fazenda, pretendem fornecer uma quantidade relevante para as necessidades da fábrica em São Paulo. “Mais pra frente, o excedente será exportado”, confidencia.

Neste momento, além de pesquisas de novas variedades, Manoel está fazendo testes com fermentações das amêndoas para obter novos sabores para os chocolates. “Essa é uma área que me interessa muito, o pós-colheita. Nosso objetivo é trazer novas tecnologias para obter fermentações por meio de novos processos. Acredito que mais importante do que a variedade do cacau é a forma como ele é tratado depois da colheita”, finaliza.

Choco Bean to Bar – Chocolat du Jour

Shopping Cidade Jardim – piso térreo
Avenida Magalhães de Castro, 12000 – Cidade Jardim, São Paulo
Aberta de segunda a sábado, das 10h00 às  22h00 e de domingo das 14h00 às 20h00

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