Evento reuniu equipe de vendas da empresa em Varginha, MG, para o lançamento do YaraVita Café e trouxe dados sobre o aumento expressivo de produtividade da cafeicultura brasileira
Lançamento de produto, produtividade, preço, sustentabilidade, cenário mundial. E além disso, fertilização na cafeicultura, é claro! Esses foram alguns dos temas apresentados no I workshop Nutrição do Cafeeiro, realizado na semana passada, em Varginha, MG, dirigido à equipe de vendas da Yara, empresa líder na fabricação de fertilizantes (www.yarabrasil.com.br).
O especialista em nutrição foliar da empresa, Gustavo Nunes, apresentou o YaraVita Café, um grande lançamento da Yara para o mercado brasileiro. “A linha YaraVita já existe, mas agora temos um produto específico para o café, contendo os principais micro e macro nutrientes que a cultura necessita”, explica. Em sua composição, estão o Boro, o Zinco, o Nitrogênio e o Magnésio.
Fertilização X Produtividade
“Os únicos países produtores de café que aumentaram expressivamente a produtividade nos cafeeiros foram o Brasil e o Vietnã. Contudo, ano passado nossa produtividade foi de 32 sacas por hectare, enquanto a média dos demais produtores (menos Vietnã) foi de 15 a 16 sacas por hectare”, declarou o gerente global para café da Yara, João Moraes, na abertura do evento.
“Muito se fala do fator preço na cafeicultura, mas é importante que se diga também dos problemas da porteira para dentro. Com 16 sacas por hectare, não se é produtivo em nenhum lugar do mundo e o cafeicultor precisa estar atento a esses temas”, diz Moraes.
E, para piorar, em torno de 90% dos produtores mundiais são pequenos. “Eles não têm entendimento nem estrutura para ser mais competitivo. Sem dúvida, é nosso papel ajudar a educar os produtores. Eles têm que entender quanto custa o seu café, é preciso fazer a gestão de talhão a talhão, qual é o potencial de retorno sobre o investimento. Aí eu acho que eles têm que incluir a família. Coloca a esposa pra cuidar das contas, pede ao filho pra fazer planilhas de Excel, é preciso profissionalizar a gestão cada vez mais”, avalia.
João Moraes citou o caso do aumento de 14% na produtividade do Vietnã: “lá, esse substancial aumento se deu, meramente, adubando melhor”, explica.
“Não se coloca a mesma quantidade de fertilizantes na fazenda inteira. A eficiência agronômica tem que andar junto com a econômica”
E assim também, outro agravante é que os outros produtores de café praticamente não têm órgãos de pesquisa. “Nesse quesito, o Brasil está há anos luz a frente dos outros concorrentes, basta ver o que a EMBRAPA e as universidades como a UFLA – Universidade Federal de Lavras -, produzem de pesquisas”, finaliza.
Quem assistiu à palestra do professor Jeffrey Sachs no II Fórum Mundial de Produtores de Café 2019, (leia matéria completa no link) realizado em Campinas, consegue perceber alguns pontos convergentes entre o discurso e proposta final do professor e a visão do executivo com relação ao mercado global. O professor sugeriu, entre outros temas, que o Brasil dividisse com o restante da comunidade produtora de cafés no mundo suas pesquisas na área.
A Yara trabalha com café em diferentes regiões produtoras do mundo e mantém 26 projetos instalados, com o objetivo de multiplicar conhecimento e resultados. Foi fundada em 1905, para combater a fome que assolava a Europa, na época.
O Grão Especial esteve no evento a convite da Yara Fertilizantes.