A cafeteira Moon remete a uma peça de ficção científica.
Nós aqui do Grão Especial adoramos design, principalmente, quando diz respeito ao mundo do café, do chocolate bean to bar e dos chás. Por esse motivo, o trabalho do jovem israelense Roee Ben Yehuda, apaixonado por desenho industrial, chamou a nossa atenção no minuto em que pusemos o olho em sua criação futurista: uma máquina de café de uso caseiro, onde o amante dos cafés especiais poderá torrar seus grãos preferidos de forma simples e preparar sua bebida rapidinho, substituindo as atuais máquinas de cafés em cápsula, e obter um resultado muito similar aos de uma cafeteria profissional. Será a quinta onda do café especial?
Bom, isso ainda não sabemos, mas, a verdade é que Roee está em negociação com uma grande empresa italiana fabricante de máquinas de expresso para tornar sua criação um produto produzido em larga escala. “Estamos trabalhando num protótipo juntamente com os engenheiros dessa grande companhia. Trata-se de um momento crucial, pois os estudos irão indicar se a máquina é viável economicamente ou não”, explica Roee.
A Moon (lua em inglês) é uma máquina conceitual que, segundo seu criador, tenta manter um estilo steampunk. O gênero steampunk pode ser explicado comparando-o à literatura que lhe deu origem, a ficção científica criada por autores consagrados como Julio Verne, no fim do século XIX. Nos livros, Julio Verme descreve uma realidade espaço-tempo na qual a tecnologia mecânica a vapor teria evoluído até níveis impossíveis (ou pelo menos improváveis), nos automóveis, aviões e até mesmo robôs, movidos a vapor.
“Hoje em dia, as máquinas de café em cápsula são mais um eletrodoméstico, com um preço acessível, e o café fica pronto apenas num apertar de botão. Tão diferente do ritual de preparo de um verdadeiro expresso nas máquinas maravilhosas como La Marzocco, Slayer e tantas outras, utilizadas nas melhores cafeterias do mundo. Sempre fui fascinado por elas que, para mim, funcionam como pequenos laboratórios de preparo de café. Quando criei a Moon pensava se era possível desenhar uma peça de ficção científica e, ao mesmo tempo, que fosse bonitinha”, diz.
A paixão de Roee por cafés especiais floresceu no Japão, país que já visitou duas vezes. “Foi lá que aprendi tudo o que sei sobre essa bebida maravilhosa, suas origens, e sobre as características de cada café”, finaliza.
Nós aqui ficamos torcendo para que a Moon se torne uma realidade num futuro breve. Enquanto o projeto não se concretiza, Roee continua desenhando suas peças, com destaque para aquelas que misturam materiais como cerâmica e couro, trabalhados à mão, um por um. Amamos essas xícaras também.