Objetivo é sensibilizar o consumidor a se engajar, cada vez mais, na reciclagem das cápsulas de café
No mundo, a Nespresso recicla 56% de todas as suas cápsulas de cafés vendidas. No Brasil, porém, esses números ainda não são muito animadores. Em 2017, foram apenas 13,3% de cápsulas recicladas. Sendo muitas as dificuldades: mas a principal é a falta de hábito do consumidor brasileiro. “Quando questionado em nossas lojas se quer reciclar suas cápsulas, a primeira pergunta que faz é: “e o que eu ganho com isso?”
Pontos de coleta
“Atualmente temos 54 pontos de coleta para o consumidor da linha doméstica no Brasil. As cápsulas usadas são coletadas nestes pontos e enviadas ao Centro de Reciclagem por meio de logística reversa”, explica a gerente de cafés e sustentabilidade da Nespresso, Cláudia Leite. Desse modo a empresa vem investindo, anualmente, cerca 25 milhões de francos suíços em reciclagem, em todo o mundo.
Centro de Reciclagem
A Nespresso acaba de inaugurar um programa de visitas do público ao seu Centro de Reciclagem, localizado em Barueri, São Paulo. Basta se inscrever pelo site ou, se preferir, a pessoa pode fazer o tour virtualmente, a partir de junho www.nespresso.com.br.
As visitas fazem parte da nova campanha de criação de valor compartilhado da Nespresso.
Com duração de 90 minutos, o programa de visitas, envolve a explicação de toda a cadeia de c. O trajeto inclui a visitação da área que realiza, sem água, a separação do pó de café e do alumínio dentro de um maquinário de desenvolvimento próprio. São três máquinas diferentes que foram acopladas, dos seguintes fabricantes: KIE (moinho), MVL (peneiras vibratórias) e Equipe Trans (esteiras).
“Temos capacidade para reciclar muito mais, tanto que nosso centro de reciclagem só está trabalhando um turno, por enquanto. Mas nossas metas de sustentabilidade são ambiciosas”, explica Cláudia.
Nespresso – Cápsulas recicladas
The Positive Cup, a Xícara Positiva – 0 compromisso de sustentabilidade da Nespresso está baseado em três grandes pilares até 2020: o primeiro é garantir que 100% dos seus cafés sejam adquiridos de maneira sustentável; o segundo, é a gestão responsável de 100% do alumínio utilizado para as cápsulas. E, o terceiro, ser uma empresa 100% neutra.
Desafio do alumínio: rastreabilidade da bauxita
Entretanto, segundo o presidente da Associação Brasileira do Alumínio, Milton Rego, o grande desafio para tornar ainda mais sustentável o negócio do alumínio no mundo, é a sua rastreabilidade. “O preço da bauxita e do alumínio é o mesmo no mercado mundial, independente do país de origem. Então, dessa forma, você tem lado a lado, países que possuem sistemas de mineração absolutamente sustentáveis, como é o caso do Brasil, Austrália e Canadá. E outros como Indonésia e Malásia, onde as empresas não têm o menor cuidado na extração. São grandes poluidores. Assim, ocorre que, como commodities, a bauxita e o alumínio, seus preços são os mesmos. Estamos trabalhando para mudar essa triste realidade”, finaliza.
Fotos e vídeos: Clodoir de Oliveira
