O valor do café especial brasileiro na Alemanha
Nosso correspondente na Alemanha, Volkmar Klebba, teve como primeira missão escrever sobre a percepção de valor na Alemanha referente ao consumo do café especial brasileiro. O que só faz confirmar as palavras do professor e especialista em Branding, Júlio Moreira. É sobre isso que estamos falando. Não deixe de conferir:
O café brasileiro é muito utilizado na Alemanha, mas é vendido pelo café indutrial, como dizemos no mundo dos cafés especiais. O café industrial significa as marcas nacionais e multi nacionais. Essas marcas vendem o kg do café torrado para o consumidor por mais ou menos 10 Euros por kg.
As torrefadoras de cafés especiais usam principalmente café brasileiro em seus blends. Principalmente nos blends de espresso. É utilizado assim pois o café brasileiro tem um sabor multifuncional.
Existem poucas torrefadoras de cafés especiais que usam o café brasileiro no seu portfólio como origem única ou microlote. As torrefadoras preferem utilizar cafés de países menores, como Burundi, Ruanda, etc.
Eu uso um café de boa qualidade mas não de origem única de café brasileiro, o Brasil Santos. É para os meus clientes que preferem um café com um gosto mais convencional. E eu o estou vendendo muito bem.
Eu acho que o problema do café especial brasileiro é que o Brasil é conhecido como o maior produtor de café do mundo. Isso não é fácil para criar uma boa história em volta de um café que vai custar 30 Euros por kg, vindo do maior produtor de café do mundo, isso está na mente das pessoas. Eu acho que quase ninguém na Alemanha sabe que 75% dos fazendeiros brasileiros são de pequenas fazendas.
Cafés especiais e os pequenos produtores
É difícil de convencer as pessoas que existem sim cafés especiais e raros de pequenos produtores no Brasil que valem um preço de 30, 40 ou 50 Euros por kg. É difícil também deixar claro ao público que se não beberem pelo menos uma vez o café brasileiro, eles estão perdendo um café muito gostoso.
Matéria escrita pelo correspondente do Grão Especial na Alemanha, Volkmar Klebba