Cafés especiais da Cooperativa se tornam os primeiros Slow Food do Brasil
A Cooperbio, Cooperativa de Produtores Orgânicos e Biodinâmicos da Chapada Diamantina, na Bahia, capitaneada por Brígida Salgado, acaba de fechar uma parceria com o movimento e Organização não Governamental, Slow Food (www.slowfoodbrasil.com). Fundada na Itália em 1986, por Carlo Petrini, o Slow Food tem como objetivo promover uma maior apreciação da comida, melhorar a qualidade das refeições e enaltecer a produção que valorize o produto agrícola, o produtor assim como o meio ambiente.

Os cafés da Cooperbio são os primeiros certificados pelo movimento Slow Food no Brasil
A princípio, a Cooperbio compreende os municípios baianos de Abairá, Bonito, Ibicoara, Piatã, Rio das Contas e Seabra, na Chapada Diamantina. Possui 17 cooperados, todos pequenos sítios familiares de produtores de cafés especiais orgânicos e biodinâmicos da região. “É o que chamamos de microcooperativa, com apenas 17 cooperados, mas que tem uma filosofia muito bem delineada”, conta Brígida Salgado. “O que importa é que a produção tem que ser agroecológica e familiar”, acrescenta.

Jovens da Cooperbio são treinados, em parceria com a Wolf Cafés para trabalharem na prova e na torra dos cafés produzidos por seus familiares
A grande maioria dos sítios está situada entre uma altitude de 1000 a 1400 metros, sendo que o clima é ideal para a produção de cafés especiais. De Piatã, inclusive, já saíram diversos campeões do Cup of Excelence, campeonato internacional de qualidade de cafés especiais.

Brígida Salgado, presidente da Cooperbio
“Há 10 anos, quando começamos a Cooperbio, a ideia era justamente valorizar o café, o produtor e encurtar a distância entre os compradores, sejam eles brasileiros ou estrangeiros”, explica Brígida. Agora, os desafios são outros: hoje, a região possui capital humano muito bom, que consegue produzir um excelente café, mas a produtividade ainda é muito baixa.
Fotos e vídeos: Clodoir de Oliveira