Mission Chocolate e Gallette foram as marcas vencedoras nas categorias chocolate amargo e ao leite
Em primeiro lugar, a Mission Chocolate, da chocolatier Arcelia Gallardo, ganhou na categoria melhor chocolate Bean to Bar amargo, com sua barra 70%, feita com cacau da Fazenda Camboa, da Bahia. Assim como, Gislaine Gallette, da Gallette Chocolates, venceu na categoria chocolate ao leite, com sua barra 56% de cacau Pará Parazinho, da fazenda Santa Tereza.
Aliás, a Gallette abocanhou ainda outras duas premiações: melhor chocolate ao leite e 70% cacau na escolha do público, com cacau da fazenda Santa Rita, também da Bahia.
Promovido pela Chocoweb, foram avaliadas 57 barras de chocolate de 32 marcas, divididas nas duas categorias, amargo e ao leite. O júri foi formado por 45 pessoas, entre chocolate makers, especialistas internacionais (12 no total) e nacionais, além do público em geral que se cadastrou para a função com antecipação.
Assim, o Bean to Bar 2019 premiou 13 barras e, na categoria Amargo, a vencedora da Prata foi a Negro Doce, de Caxias do Sul (RS). E o Bronze foi dividido entre a Casa Lasevicius (SP), Cacau do Céu (BA), Mestiço (SP e Bahia, sendo a única produtora de cacau da lista), Andrei Martinez (RS) e Luisa Abram (SP).
O Bean to Bar Chocolate Week
O evento foi realizado no Unibes Cultural de 16 a 19 de maio e participaram produtores de cacau especial de diversas regiões do Brasil, chocolate makers, convidados internacionais e interessados em investir na produção de chocolates Bean to Bar. Contudo, na abertura do evento, a presidente da Associação Bean to Bar Brasil, Arcelia Gallardo, fez questão de salientar que o crescimento do mercado de chocolates Bean to Bar no Brasil é exponencial, e tem tudo a ver com a gradativa melhora da qualidade do cacau brasileiro, depois do advento da Vassoura de Bruxa, na Bahia, que quase dizimou a produção brasileira.
O evento teve dois dias de discussões e workshops voltados tanto para o produtor de cacau quanto para os produtores de chocolates Bean to Bar. Temas como as condições de trabalho na lavoura de cacau, produção de cacau especial, preços, oportunidades de investimentos, exportação, entre outros, foram discutidos em profundidade com uma plateia altamente interessada.
Por outro lado, a presença de profissionais do Bean to Bar de outros países, principalmente dos EUA, pode fomentar a troca de informações, essencial para o crescimento do mercado Bean to Brasil brasileiro.
“Agora, nossa missão será a de levantar os números do setor, uma vez que as pesquisas sobre o mercado de chocolates no Brasil são baseadas apenas no desempenho da grande indústria chocolateira”, finalizou a presidente.
Fotos: Alex Rosa