Você foi? Confere aqui os principais acontecimentos desses três dias intensos.
A Semana Internacional do Café 2019 foi realizada entre 20 e 22 de novembro, na Expominas, em Belo Horizonte, MG e, segundo seus organizadores, recebeu um público recorde de 23 mil pessoas, de 40 países, serviu 80 mil xícaras de café e gerou negócios na ordem de R$ 50 milhões. Esse ano, a SIC teve 220 expositores, 25% a mais do que no ano anterior.
Campeonatos Nacionais de Barismo – esse ano, nada de campeonato internacional. Somente os nacionais, o campeonato de Barista, o de Preparo de Café (Brewers) e o de Prova (Cup Tasters), promovidos pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Os vencedores foram: Léo Moço, de Curitiba, foi o melhor Barista; Júlia Fortini, de Belo Horizonte, a melhor preparadora de cafés; e Phelippe Nascimento, de Carmo de Minas (MG), o melhor provador de café.
IWCA – a SIC foi palco do encontro anual da Aliança Internacional das Mulheres do Café do Brasil, onde cerca de 800 cafeicultoras se reuniram para discutir o cenário mundial e os desafios para 2020.
Concurso Coffee of the Year – esse ano venceu o produtor Wilians Valério, do Alto Caparaó, com o título de Melhor Café Arábica; e o bicampeão Luiz Cláudio de Souza, de Muqui (ES), da região sul do Espírito Santo, com o melhor café Canéfora.
Concurso NossoCafé Yara
Yara Fertilizantes premia os vencedores da 3a. edição do concurso NossoCafé durante a Semana Internacional do Café – SIC, em BH.
Na categoria café natural, o vencedor foi o produtor Tobias da Silva Moreira, da região de Matas de Minas, e na categoria cereja descascada, venceu Sivanius Kutz, do Espírito Santo.
A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, realizou a terceira edição do concurso NossoCafé, com um saldo prá lá de positivo: recebeu 164 amostras, 49,1% a mais do que em 2018.
Foram duas etapas de provas, classificação e seleção das amostras, realizadas em Muzambinho, MG, por experts no assunto e de acordo com as normas da SCA, Specialty Coffee Association.
Foram eleitas dez amostras, cinco na categoria cereja descascada e natural. Sivanius Kutz, do Espírito Santo, venceu na categoria cereja descascada e Tobias da Silva Moreira, na natural. Ambos irão a Portland, nos EUA, para participar da Specialty Coffee Expo 2020, com todas as despesas pagas.
Além disso, seus lotes foram adquiridos pela Yara por um valor acima do praticado no mercado, R$ 1.500,00 ( referente a cinco sacas de 60 kg) e o seus nomes e dados de suas propriedades serão estampados nas embalagens NossoCafé, que serão distribuídos globalmente pela Yara.
“Um dos pilares que ajudam na sustentabilidade do cafeicultor e da cafeicultura, passa também pela qualidade. O concurso NossoCafé da Yara visa premiar essa qualidade, esses cafeicultores e conectar os seus cafés a uma nova demanda crescente do mercado internacional por cafés especiais. Nós estamos numa evolução constante no concurso, percebemos claramente que ano a ano a qualidade vem aumentando e novos sabores e regiões vêm despontando”, explica o gerente global para café da Yara, João Moraes.
Moraes lembrou ainda que todos os cafeicultores podem participar. Basta que cumpram a exigência de uso da recomendação nutricional da Yara que, segundo o executivo, traz benefícios de produtividade, qualidade e sustentabilidade econômica, social e ambiental para os produtores.
Desafios na produção de cafés especiais
A noite foi de festa e também de muita informação. A Yara aproveitou a presença maciça dos produtores que estavam participando da festa de premiação do concurso, bem como de seus familiares, e ofereceu uma palestra sobre as vantagens em se produzir cafés especiais, proferida pela diretora da BSCA, Vanúsia Nogueira.
Vanúsia ressaltou as vantagens em se produzir cafés especiais, sendo possível conseguir preços desatrelados da Bolsa de Nova York e, consequentemente, mais atraentes para o produtor. Além disso, trouxe dados do mercado consumidor internacional, até então desconhecidos para a audiência. Por exemplo, esclareceu que o continente que mais consome cafés especiais é o europeu, o segundo é a Asia e a Oceania, seguido da America do Norte e Canadá, depois, América do Sul, África e América Central e México, que só produzem e não possuem mercado interno, diferentemente do Brasil.
Lembrou ainda que o Vietnã, segundo maior produtor de cafés do mundo, atrás apenas do Brasil, só entrou pra valer no mercado em meados de 1980.
“Isso quer dizer que o jogo não está ganho. O Brasil produz muito café mas, sempre podemos aumentar nossa produtividade e qualidade. E é por isso que vocês estão aqui”, finalizou.