A barista da Suíça, Emi Fukahori venceu o World Brewers Cup com um café brasileiro
Pela primeira vez, o Brasil sediou quatro campeonatos mundiais de Barismo, durante a Semana Internacional do Café, realizada em Belo Horizonte, de 7 a 9 de novembro.
O World Brewers Cup, onde os baristas tem que mostrar todas as suas habilidades preparando um café filtrado e manual, foi ganho pela representante da Suíça, Emi Fukahori. Diferentemente de imensa maioria dos competidores, Emi escolheu um café brasileiro, da região do Cerrado Mineiro, produzido pela fazenda Daterra Coffee, localizada no município de Patrocínio.
O microlote escolhido por Emi foi da espécie Laurina, do lote “Frevo”, especialmente torrado para a competição. O restante do microlote será oferecido ao mercado em leilão, no dia 21 de novembro.
Segundo o produtor Gabriel Moreira, o microlote foi processado pelo método de maceração semi-carbônica. Os frutos cereja foram inseridos em um tanque de água hermeticamente fechado. O gás carbônico liberado durante a fermentação expeliu todo o oxigênio do tanque, criando um ambiente anaeróbico, propício para a criação de microorganismos.
A maceração ocorreu quando os frutos no fundo foram esmagados pelo peso dos que estavam acima. Já os frutos do meio do tanque foram parcialmente macerados e os que estavam por cima, apenas fermentaram. Dessa forma, cada uma das três camadas de café adquiriu características distintas. Após 48 horas dentro do tanque, o café foi levado para secagem em terreiros suspensos, onde permaneceu por 20 dias.
Na categoria World Brewers, o brasileiro melhor colocado foi o barista Léo Moço, em 34º. lugar.
Ranking World Brewers 2018
Emi Fukahori – Suíça
Regine Wai Yee Beng – Malásia
Stathis Koremias – Grécia
Pankg – Yu Liu – Taiwan
Kaoru Kamiyama – Japão
Yeo Qing He – Singapura
World Cup Tasters
O competidor australiano, Yama Kim, levou a melhor no World Cup Tasters, acertando sete das oito xícaras de café degustadas. Yama venceu o concorrente da Holanda, Niels Vaanhold, pela diferença de uma xícara. Na primeira fila, uma onda laranja, capitaneada pela família de Niels ventindo as cores de seu país, foi às lágrimas. Já o brasileiro, Carlos Henrique da Silva, ficou em 11º. Lugar, melhor colocação do Brasil nos quatro mundias realizados em BH.
Yama Kim – Australia
Niels Vaanhold – Holanda
Walter Acevedo – Colômbia
Waruth Tangsurjyapaisan – Tailândia
World Coffee in Good Spirits
Dan Fellows, da Inglaterra, foi o melhor no World Coffee in Good Spirits, que analisa o desempenho dos baristas no prepare do café com drinks alcoólicos. Ariel Todeschini da Motta, representando o Brasil, encerrou a competição na 21ª. colocação.
Dan Fellows – Inglaterra
Manos Mamakis – Grécia
Danny Wilson – Austrália
Artem Bakurov – Ucrânia
Min-SEO Kang – Coreia do Sul
Dan Bacaintan – Itália
World Latte Art
A última competição foi o World Latte Art, que evidencia a habilidade do barista em desenhar desenhos com leite no café. O grande vencedor foi Irvine Quek Siew Lhek, da Malásia. A campeã de 2017, Agnieszka Jojewska, da Polônia, ficou apenas na quinta colocação, frustrando a plateia, que torcia por ela, que foi a primeira mulher barista a ganhar um campeonato internacional no ano passado.O brasileiro Daniel Acosta Busch, encerrou em 29º. lugar.
Irvine Quek Siew LHek – Malásia
Michalis Karagjannis – Grécia
Liang Fan – China
Shinsaku Fukayama – Polônia
Wonjae Choi – Coreia do Sul
Coffee of The Year Brasil 2018
Conheça os cafés especiais da Forquilha do Rio, no Caparaó aqui.
Fotos e vídeos: Clodoir de Oliveira